Em 1897, quando da mudança da capital do estado para Belo Horizonte, a Escola de Minas foi transferida para o histórico prédio do Palácio dos Governadores, construído entre 1741 e 1748, com projeto do engenheiro militar José Fernandes Pinto Alpoim, que foi executado por Manuel Francisco Lisboa, pai de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho. Neste prédio o Observatório funcionou em diferentes locais, sendo transferido para o atual em 1926.
Criado
para auxiliar no ensino da disciplina Astronomia e Geodésia, extinta no final
da década de setenta, o Observatório possui um acervo único no Brasil, o mais
rico em material didático da América Latina.Destaca-se no Observatório Astronômico, dois telescópios refratores equatoriais, cada um com sua cúpula, fabricadas provavelmente na Alemanha. Em 1974 o observatório passou por uma completa reforma, quando o prof. Bernardo Riedel foi convidado a colaborar.
O telescópio maior, um refrator Gustav Heyde (Dresden, Alemanha), teve sua objetiva original de 175 mm de diâmetro, substituída por uma de 200 mm da firma francesa CLAVÉ ( Paris, França). O mesmo aconteceu com as antigas oculares de Huygens, substituídas por novas e modernas do tipo Plossl, também da CLAVÉ.
O telescópio menor, um refrator MAILHAT (Paris, França), com 100 mm de abertura, também recuperado, data do final do séc. XIX, provavelmente o mais antigo de Minas Gerais.
Do final da década de setenta até meados da década de oitenta o observatório mantinha atividades abertas ao público, sem grande periodicidade.
Em 1986 com a aproximação do Cometa Halley, a atenção dada pela mídia e o grande interesse da população, levaram o OAEM a intensificar suas atividades voltadas para a comunidade.
Mas somente a partir de 1992, com a criação da Sociedade de Estudos Astronômicos de Ouro Preto (SEAOP), é que o observatório iniciou um programa efetivo de atendimento a população, com o estabelecimento do projeto de extensão “Astronomia vai às Escolas”, atendendo escolas do ensino fundamental, todas as quartas-feiras e "Astronomia na Comunidade", abrindo às quintas-feiras para visitas da comunidade de Ouro Preto e região, além de turistas.
Com este projeto a SEAOP, entidade constituída por alunos e professores da Escola de Minas e da Universidade Federal de Ouro Preto, que tem por objetivo o ensino, pesquisa e a difusão da Astronomia na cidade de Ouro Preto e região, conseguiu viabilizar recursos junto ao Ministério da Educação, para promover uma nova e grande reforma nos instrumentos e nas cúpulas. A reforma dos telescópios, as atividades do observatório e o apoio da SEAOP estimularam a direção da Escola de Minas a criar em 1995 o Setor de Astronomia do Museu de Ciência e Técnica e mais dois outros: Topografia e Desenho.
Assim, desde 1997 que o observatório vem funcionando periodicamente de quarta a sábado, atendendo escolas do ensino fundamental ao superiorturistas que diariamente visitam nossa cidade cumprindo seu papel de , a população da região de Ouro Preto e os , polo regional de difusão e ensino da Ciência Astronômica.